Ok, preciso dizer que as coisas mudaram um pouco de figura na minha cabecinha. Depois de voltar ao fatídico local do acidente, eu passei meio mal. Não é à toa. Só deus (e o diabo)(na terra do sol) sabe que processos começaram a entrar em conflito lá nos fundos - nos fundos mesmo - da minha psiqué, acarretando um curto circuito meio camuflado. Eu não fiquei muito bem na volta pra Itu. E estou morrendo de medo de voltar pra lá de novo. Afinal, a viagem em que tudo aconteceu ficou conhecida como UTI, em vez de Itu (ha-ha. Dá até pra fazer um poema concreto). Voltar pra lá, olhar aquele lugar, putz, é foda.
Aí vão falar: mas você não estava sussa, lidando super bem com a recuperação? Pois é, eu achei que sim, mas o buraco era mais embaixo. Aqui em cima, superficialmente, tava tudo ok. Lá no subsolo da minha mente (afff analogias baratas), nos magmas mais profundos, nas catacumbas escuras e assustadoras (buuu), havia um baita dum rebuliço. E não é à toa, né. Mas minha cabeça é malandra. Me enganou. Vaca.
Enfim, se eu fosse um personagem de ficção, pelo menos eu não seria plana; pelo contrário, seria esférica pra cacilda. Demais até. Tanto que ia extrapolar o plano psicológico e ia entrar no âmbito físico, e eu ia ser obesa mórbida. Que cocô, queria ser uma personagem plana. Deve ser mais fácil.
Enfim, será que eu tento ser macho e volto pra lá pra encarar o trauma? Oh dúvida cruel.