Sim, eu estou aqui! Por deus, pela mamãezinha de deus, eu ainda existo.
Apesar dos pesares, apesar desses trupicões (como diria o rei Chaves). Poxa, esses tropeços doem tanto quando encostam na pele ainda frágil do meu semi-dedão. Na Ilha do Cardoso dei um topão num tijolo que algum ser de má índole colocou no meio da praia. Doeu que nem a morte. Antes desse episódio, a última vez que eu havia chorado de dor - física - devia ter sido na época em que a Angélica era a Fada Bela. Pois é. Desde então venho batendo o coitado do ex-dedo em tudo, e jesusinho, que pavor. Só dá pra pensar que apesar de doer pra cacilda, vai calejar, vai ficar forte.
Chiquinha de máscara. Não tem nada a ver, mas é engraçado.
Esses dias tive um trupicão (não no dedo) que me fez pensar bastante, sobretudo na minha relação com seres humanos. É um trupicão, sempre existem trupicões. Nesse caso bateu numa pelinha não tão nova, bastante calejada. Bastante mesmo. Por um instante eu pensei que não adiantava o calo, ia sempre doer. E que pra evitar futuras colisões, seria necessário lançar mão de artifícios mais radicais. Em seguida percebi que não se tratava disso, que os trupicões anteriores tiveram uma serventia bastante considerável. E me dei conta de que nessa vida, a gente tem que prezar pelo que realmente importa. Se vale a pena, não é nunca insuportável.*
Nota: agora sim, a vibe metalingüística que geralmente aparece nos primeiros posts do meu blógues, mas que eu evitei nesse aqui. Eu criei o presente espaço pra parar de frescura. Desde que eu entrei na faculdade toda sorte de manifestação criativa que eu pensei em desenvolver passou a ser julgada rigorosamente pela minha cabecinha neo-pedante. Em conseqüência, começou a se acumular material besteirolístico no meu célebro (sim, meu célebro). Então fiz esse blógue pra voltar ao espírito espontâneo e brainstormístico do Problemas Mentais. Os primeiros posts escrevi no mesmo instante em que tinha a idéia. Depois voltei à vibe remoer idéias idiotas antes de escrever, e daí fudeu tudo. Hoje não. Sentei e escrevi. Qualquer tipo de metáfora presente nesse texto foi construída na hora. Da hora. É isso aí, na hora e da hora! Dã.
Como diria a mestra Lenzi: maravilha!
*eu quero dizer insuportável no sentido mesmo de unbearable (inursável) (HAHAHA sacou?) (eu sou imbecil?) (é uma pergunta retórica) (adoro parênteses cumulativos) (chega.)