domingo, 26 de outubro de 2008

Alguém já tinha reparado?





















O Predador tem dreads. Mó style.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Comida de boteco


Ah, esses posts metalinguísticos... Queria evitá-los, mas já vi que é impossível.












Quando eu era pequena, ia viajar pra Praia da Baleia com minha família. Certa vez, fomos almoçar em algum lugar ali perto. Entramos em uma ruazinha, fomos até o fim e chegamos num restaurante chamado "Fundo de Quintal". E era literalmente isso. Tinha uma casa, e nos fundos, um espaço relativamente amplo, cheio de mesas e pessoas e comidas gostosas. O chão era de areia.

Foi a primeira vez que eu comi frango à passarinho. Achei sensacional. Toda vez que tenho a oportunidade de degustar essa maravilha, me vem a sensação dos pés no chão de areia. Lindo.

Há vários meses, comecei a encanar com a expressão frango à passarinho. É um nome esquisito, tipo, passarinho é um bicho que não tem a ver com frango. Tá certo, a relação está na forma dos frangos - mas mesmo assim, o nome deveria ser frango em forma de passarinho. Sei lá. Pirei na expressão, fiquei obcecada e decidi que, dali em diante, qualquer coisa a que eu pudesse dar um nome - banda, filme, produtora, cachorro - se chamaria Frango à Passarinho.

Pronto.

O nome "Pensamento quatridimensional" sempre me incomodou muito, primeiramente porque essa expressão é horrível e tosca, uma tentativa fraca de nominalização de uma frase verbal ("Você não está pensando quatridimensionalmente", vide primeiro post), e em segundo lugar, porque ela é completa e descaradamente redundante em relação à descrição do blog - isso mesmo, e não o contrário, já que a descrição, nesse caso, é mais importante que o título do blog, porque ela é a frase original. Ainda assim, deixei esse título esdrúxulo com alguma auto-promessa de pensar em algo melhor nos dias subseqüentes. Mas não aconteceu, e eu só me lembrei dessa situação quando a Gabriela me chamou a atenção na última quinta-feira.

Hoje eu estava pensando sobre isso e me veio à mente que o nome "Cansei de Ser Sexy" é extremamente interessante para uma banda, justamente por ser uma frase verbal - com dois verbos, inclusive. Adoro essas pequenas subversões que se utilizam da gramática como artifício. Adoro gramática.

Enfim, o título novo não é nada verbal, mas faz muito sentido. Eu sei que só faz pra mim, mas tudo bem, espero obter vossa compreensão com esse post. Senão, foda-se, quem precisa de sentido hoje em dia? Sentido se inventa. Inventem um sentido aí. Pronto, ele tá valendo. É isso aí, mundo livre, arte livre, liberdade de pensamento, pluralidade de sentidos, chãos de areia, putaria.